Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio – O presidente da Associação Brasileira de Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec), Sérgio Salomão, informou que o setor registrou um aumento de 16,8% na movimentação de contêineres em 2005, saltando de 3,22 milhões de unidades, em 2004, para 3,768 milhões em no ano passado.
Desse total, 44% destinaram-se à exportação, 41% à importação e o restante foi utilizado no tráfego de cabotagem, que é a navegação costeira brasileira. Em 2006, a movimentação de contêineres deve apresentar crescimento em torno de 20%.
Os terminais de contêineres movimentam as cargas de maior valor agregado, envolvendo produtos manufaturados e semi-manufaturados. Segundo Salomão, os terminais filiados à Abratec respondem pela geração, no país, de cinco mil empregos diretos.
No ano passado, os investimentos dos onze terminais de contêineres filiados à Abratec chegaram a US$ 100 milhões, montante que deve se repetir em 2006. Os recursos serão aplicados, em especial, na construção de berços para atracação de navios e de pátios para armazenagem de contêineres, além da especialização de mão-de-obra.
"Não se pode imaginar trabalhadores nos terminais de contêineres que não passem por um processo de qualificação", avaliou. "Esse é um processo contínuo. É uma necessidade permanente dos terminais para o manuseio correto dos equipamentos e para a incorporação de técnicas operacionais modernas", acrescentou.
De acordo com Salomão, no período de 1995 a 2005, o setor investiu U$ 615 milhões no país para a compra de equipamentos, construção de obras físicas e especialização de mão-de-obra.
O ranking dos terminais brasileiros é liderado pelo porto de Santos (SP), que movimentou no ano passado 1,550 milhão de unidades. De acordo com Salomão, isso se deve ao fato de aquele porto atender ao estado mais industrializado da federação, que é São Paulo.