Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Jaques Wagner, disse hoje (2) que o prejuízo maior do PT foi o fato de "alguns de seus membros terem se deixado dragar por uma máquina viciada".
Ao ser indagado sobre a afirmação do presidente Lula ontem (1º) em entrevista à Rede Globo de que "o PT iria sangrar muito" para recuperar a credibilidade do eleitorado após os escândalos políticos, Jaques Wagner afirmou que o "PT já pagou o seu preço", mas que cabe ao partido e a todos os envolvidos nas denúncias de irregularidades responder às dúvidas que ainda permanecem na sociedade.
"Acho que o PT já pagou o preço, um preço que já está consolidado", comentou Wagner. "E eu tenho certeza que a história do PT não se troca por um equívoco ou um tropeço de alguns dirigentes nesse episódio todo. Por mais que alguns segmentos da oposição tentem esticar ao máximo o processo de investigação, não vejo mais nada que vai aumentar o preço já pago pelo PT".
Jaques voltou a destacar que nunca se investigou tanto no país como tem ocorrido no atual governo e garantiu que as ações de combate à corrupção continuarão neste ano.
Sobre o recesso dos parlamentares, disse apenas esperar que, durante o período de convocação extraordinária, o Congresso Nacional aprove matérias de interesse da sociedade.
O Congresso esteve parado hoje, primeiro dia útil de 2006, mesmo com a convocação extraordinária. O início das votações em plenário, na Câmara dos Deputados e no Senado, está marcado apenas para o dia 16.
Amanhã (3), porém, há depoimentos previstos na sub-relatoria de contratos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios.