Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre – Mais de 13 milhões de bovinos e bubalinos do rebanho do Rio Grande do Sul devem ser vacinados contra a febre aftosa em janeiro de 2006. A campanha, que visa garantir uma cobertura homogênea e impedir a entrada do vírus no território gaúcho, será realizada no período de 30 dias.
"A vacina será aplicada no período habitual, mas uma grande campanha de conscientização deverá tomar conta do meio rural gaúcho", diz o presidente da Federação da Agricultura do estado (Farsul), Carlos Sperotto. "Para alcançar um índice melhor de vacinação que, em 2004 que foi 92,7%, todos os animais, independentemente da idade, deverão ser vacinados." A entidade reivindicou a antecipação da vacinação anti-aftosa desde que surgiram os focos da doença no Mato Grosso do Sul em outubro.
O chefe do Serviço de Doenças Vesiculares da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Rio Grande do Sul, Fernando Groff, disse que a distribuição das quase 4 milhões de doses, para os produtores enquadrados no Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) – que detêm cerca de 30% do rebanho gaúcho – foi concluída no final deste mês. "As doses distribuídas aos produtores do Pronaf tiveram custo de R$ 4 milhões para o Tesouro do estado", explicou Groff.
Groff informou ainda que a vacinação, a ser feita em 30 dias, também deve contribuir para o estudo da eficiência do procedimento. Em maio, ele prevê a aplicação do reforço de vacinas nos animais de até 24 meses, o que custará mais R$ 1 milhão. Mais de 200 pessoas devem participar da operação.
Segundo o assessor técnico da Farsul, Luiz Alberto Pitta Pinheiro, a aplicação das doses começa a ser feita na segunda-feira (2) e se estende até o dia 27. A Farsul lembra que os produtores rurais que não fazem parte do Pronaf devem retirar uma autorização na Inspetoria Veterinária dos municípios.