Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre – Agricultores ligados a Via Campesina entregaram ao Ministério da Agricultura, no começo de dezembro, amostras de sementes de milho geneticamente modificadas encontradas no Rio Grande do Sul. As sementes foram analisadas e apresentaram 93,5% de transgenia.
Na ocasião, o secretário-executivo ministério do Meio Ambiente, Claudio Langone, afirmou que o uso de sementes transgênicas de milho pode ter conseqüências mais graves que o da soja para a produção agrícola. "A situação da soja já trouxe conseqüências bastantes graves para o Brasil, mas a soja não é um produto de polinização direta como é o milho", explicou.
O fato de agricultores estarem utilizando milho transgênico no estado levou os movimentos camponeses organizados a realizarem protestos. Os agricultores pedem ações para garantir o fim do contrabando e a punição dos responsáveis.
Os movimentos sociais também propuseram que o Ministério da Agricultura realize uma força-tarefa no interior do estado para investigar as origens das sementes e onde estão sendo vendidas.