Conselhão pode fazer sugestões sobre modelo eleitoral, diz ministro

20/12/2005 - 13h05

Keite Camacho
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O desenvolvimento social e a distribuição de renda serão o centro dos debates do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o chamado "Conselhão", no próximo ano, na avaliação do ministro chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Jaques Wagner.

Ele não descarta que os conselheiros analisem ainda o sistema eleitoral brasileiro. Wagner fez um balanço do último ano das atividades do CDES, durante encontro com jornalistas no Hotel Kubitschek Plaza, em Brasília. "Como é ano eleitoral, pode ser que o conselho resolva se debruçar sobre o modelo eleitoral para deixar uma contribuição para a próxima gestão e o próximo mandato de parlamentares", disse.

Para o ministro, o CDES se transformou em referência na América do Sul e na América Latina. "Organismos internacionais nos convidam, nos consultam. Já estive na Bolívia, na Argentina e no Uruguai. A existência dele é mais um elemento da imagem positiva do Brasil no exterior. É um espaço de diálogo com a sociedade civil que só quem acredita na democracia constrói", destacou.

O conselho – que é um órgão consultivo e de assessoramento do presidente da República – vai passar por uma avaliação nos meses de fevereiro e março de 2006. Um grupo de trabalho formado por conselheiros e observadores externos ao CDES vai analisar as atividades realizadas este ano.

"Em 2005, publicamos a Agenda Nacional de Desenvolvimento, concluindo um ano e meio de trabalho. Foi o feito mais importante, que reuniu sete grupos internamente e trouxe especialistas de fora para debater o desenvolvimento. Além disso, demos sugestões como a ampliação do Conselho Monetário Nacional. Espero que o conselho continue aprofundando esse espaço de democracia participativa que o presidente Lula criou", afirmou.