Bianca Paiva
Da Agência Brasil
Brasília - Em 2005, cerca de 1,5 milhão de empregos formais foram criados, informou o secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho e Emprego, Remígio Todeschini. Em entrevista à NBR, canal de TV a cabo da Radiobrás, o secretário acrescentou: "Não tivemos o mesmo número recorde de 2004, mas o número de 2005 foi bastante positivo. Houve um crescimento econômico importante em vários setores, como serviços, comércio e indústria de transformação".
Todeschini destacou as ações do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), com mais de 2 milhões de operações de crédito, como contribuição para o crescimento do nível de emprego em vários estados. E afirmou que em 2006 será iniciado "um processo de melhor integração e articulação dessas ações". Segundo o secretário, "temos que pensar melhor a questão da intermediação da mão-de-obra; dos postos do Sistema Nacional de Emprego (Sine) por meio de centros públicos de emprego integrados do trabalho e renda; do seguro-desemprego, combinado com a questão da qualificação profissional, da orientação profissional e informações do mercado de trabalho".
O Brasil, informou Todeschini, está na média internacional do nível de desemprego. Nos últimos três anos, explicou, essa taxa caiu em cerca de 3%. "É um dado importante, mas precisamos avançar mais, elevando a escolaridade, o processo de qualificação profissional, com investimento em diversas áreas – não só recursos do FAT, mas dos fundos constitucionais do Norte, do Nordeste, do Centro-Oeste, investimentos do próprio governo em obras", explicou.
A importância da agricultura familiar na geração de empregos também foi destacada pelo secretário: "Nós temos mais de 22 milhões de aposentados e pensionistas, um terço deles no campo. Isso faz com que essas pessoas permaneçam na área rural, para que haja principalmente a produção da pequena agricultura e da agricultura familiar", disse.