Queiroz pede que, na hora de votar, deputados levem em conta sua história de vida

14/12/2005 - 19h51

Juliana Cézar Nunes e Priscilla Mazenotti
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - Em um discurso rápido, de quase 20 minutos, o deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) defendeu no plenário da Câmara o arquivamento do processo que pede a cassação de seu mandato. O parecer aprovado no Conselho de Ética recomenda a perda de mandato do petebista.

Na hora do voto, Queiroz pede que os colegas levem em conta "sua história de vida e passado político". Ele é acusado de intermediar o recebimento de R$ 450 mil para o PTB nacional e para candidatos do partido às eleições municipais em 2004.

"Não recebi, não transportei os recursos, não me apropriei de nenhum centavo desses recursos. A responsabilidade da contabilização era de quem fez a doação e de quem recebeu", afirmou Romeu Queiroz. "Hoje, eu me sinto um homem aliviado e tranqüilo. Eu sou um homem disciplinado. Percorri os orgãos internos, procurei colaborar, fiz recursos à Comissão de Constituição e Justiça, mas não recorri lá fora porque acredito nos orgãos internos desta casa legislativa, confio nas pessoas que temos aqui nesta casa."

Os parlamentares agora fazem discursos contra ou a favor do parecer do Conselho de Ética para, em seguida, iniciar a votação. Para Queiroz ser cassado, é necessário que a maioria absoluta dos 513 deputados (257) vote "sim", a favor do parecer do Conselho de Ética.