Senadora explica como mulheres podem exercer novo direito de ter acompanhante em parto

12/12/2005 - 9h25

Geysa Albuquerque
Da Agência Brasil

Brasília - As mulheres conquistaram o direito de ter acompanhamento durante o parto e o pós-parto em qualquer hospital público conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto é de autoria da senadora Ideli Salvati (PT/SC ) e foi regulamentado na última semana pelo ministro da Saúde, Saraiva Felipe.

Em entrevista á Rádio Nacional AM, a senadora Ideli Salvatti afirmou que a portaria de regulamentação dá prazo de seis meses para que os hospitais façam adaptações em suas estruturas. "São apenas alguns hospitais que precisam de estruturas significativas, aqueles que não têm o mínimo de privacidade para a parturiente estar acompanhada, pois o acompanhante vai fazer refeições ou vai ter que repousar no hospital."

Segundo a senadora, os custos adicionais com os quais o sistema arcará já estão equacionados. "O Ministério da Saúde vai conceder um adicional na autorização de internação, ou seja, um adicional financeiro a mais para o caso do acompanhante. Mas a questão financeira está resolvida e os hospitais e maternidades que necessitarem de algum tipo de adequação ambiental, deve fazer isso em seis meses", explicou a senadora.

Ideli lembrou ainda que a lei abrange toda a rede conveniada do SUS, mas atinge principalmente os hospitais públicos. "Os hospitais privados, uma boa parte já fazia. Porque é benéfico, porque, quando algo é bom, traz logo resultados e economia. Portanto o que estamos orientando, inclusive a todas as mulheres que quiserem desfrutar da lei, isto é, ter um acompanhante, é que não deixem para fazer a tratativa do acompanhante na hora, antecipem já, porque todo mundo já sabe a qual maternidade vai. A não ser que seja uma emergência e levam para outro hospital ou maternidade", disse Ideli. A senadora também contou que Santa Catarina, seu estado de origem, é pioneiro nessa experiência.