Danielle Coimbra
Da Agência Brasil
Brasília – Superar a falta de financiamento é, segundo o secretário de Gestão Participativa do Ministério da Saúde, Antônio Alves, o principal desafio do Sistema Único de Saúde (SUS). Alves enfatizou que hoje o sistema já está presente em mais de cinco mil municípios e que permite a participação da sociedade, mas que todos precisam contribuir para o seu crescimento, tanto o governo federal como os municipais e estaduais. Hoje, ele participou do 2º Seminário Nacional de Educação Popular e Saúde.
"Nós apoiamos a sua realização [do SUS] por entender que é um sistema público, democrático, de inclusão. Mas é um sistema que só se consolida se o povo o assumir e fazer a sua defesa a cada dia na sua vida", disse Alves.
O professor da Universidade Federal da Bahia, Jairnilson Paim, afirmou que o encontro de Educação Popular e Saúde promove o fortalecimento dos movimentos populares, que, segundo ele, "são a base social do SUS". Ele também reforça a idéia de que o sistema pertence à população.
"Alguns dos impasses e dificuldades que nós identificamos nesse processo, acredito que, de certa forma, eles poderão ser recuperados pela energia, pela criatividade, pela mobilização e pelo compromisso desses movimentos com o SUS", afirmou.
O 2º Seminário Nacional de Educação Popular e Saúde, que acontece na Universidade de Brasília até a próxima quarta-feira, engloba ainda o quarto Fórum Nacional de Educação e Promoção da Saúde. Além do SUS, serão tratadas também a educação popular na atenção básica e a mudança no currículo dos cursos ligados à saúde em atenção à saúde da família.