Ministério das Cidades faz oficina sobre uso de espaço público por pessoas com mobilidade reduzida

12/12/2005 - 12h40

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Atravessar a rua, entrar em um ônibus e visitar um prédio público são ações cotidianas simples, mas que podem se transformar em problemas para as pessoas que têm dificuldade de locomoção. Além de pessoas com deficiência, idosos, acidentados temporários e obesos são consideradas pessoas com mobilidade reduzida.

Para tornar as cidades acessíveis a essa parcela da população existem leis que estabelecem normas e critérios para que as construções sejam adaptadas a todos os que têm dificuldade de locomoção. Com o objetivo de tornar essas leis conhecidas e discutir a questão da acessibilidade pública, o Ministério das Cidades realiza hoje (12) uma oficina para atualizar e capacitar gestores públicos, engenheiros, arquitetos, estudantes, professores e outros profissionais.

Por acessibilidade pode-se entender a condição de uso com segurança e autonomia de prédios, vias públicas, equipamentos urbanos e transporte coletivo. Segundo o diretor de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Renato Boareto, as cidades brasileiras ainda são pouco acessíveis, mas é possível verificar mudanças. "Se pegarmos o Brasil nos últimos 10 anos, temos avanços muito grandes e cada vez mais rápidos", avalia.

No encontro, os profissionais debatem leis como a que trata da eliminação de barreiras e obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.

De acordo com Boareto, está em desenvolvimento uma norma que estabelece o prazo de três anos, a partir de sua publicação, para que todos os veículos de transporte coletivo sejam fabricados de forma a garantir o uso por pessoas com deficiência. Ele diz que a idéia é ter o sistema de transporte do país 100% acessível no prazo de 10 anos.