Lula defende incentivo e sentido pedagógico do Prêmio Jovem Cientista

12/12/2005 - 17h39

Brasília, 12/12/2005 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje (12) a importância de iniciativas como o Prêmio Jovem Cientista para incentivar a produção de pesquisas e ajudar o Brasil a renovar as suas possibilidades científicas e tecnológicas. "Há um profundo sentido pedagógico em uma premiação como essa, incentivando o amor à ciência e à pesquisa", afirmou Lula ao participar, no Palácio do Planalto, da cerimônia de entrega do prêmio, ao lado do ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende.

O tema da edição deste ano do prêmio foi Sangue: Fluido da Vida. Na categoria Graduado, venceu Ana Beatriz da Veiga, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em sua pesquisa, ela identificou que no veneno de uma taturana pode estar o remédio para os portadores de doenças cardiovasculares.

Na categoria Estudante do Ensino Superior, ficou em primeiro lugar Amanda Meskauskas, da Universidade de Santo Amaro (SP). Ela identificou a capacidade das células-tronco de ajudar no reparo de lesões e, no caso das da medula óssea, regenerar o sangue. A vencedora na categoria Estudante do Ensino Médio foi Natalia Evelin Martins, bolsista do Centro de Pesquisas René Rechou, em Belo Horizonte, com pesquisa em que apresenta um método mais eficaz no diagnóstico da doença de Chagas.

Na categoria Mérito Institucional, o prêmio foi para a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que registrou o maior numero de inscrições com mérito cientifico. Também foi concedida neste ano Menção Honrosa ao professor Ricardo Pasquini, da Universidade Federal do Paraná. Ele é considerado um dos maiores cientistas com referência em doenças do sangue e precursor do transplante de medula óssea no Brasil.

A comissão julgadora concedeu ainda diplomas de reconhecimento para Tiago Gomes Andrade, da Universidade Estadual de Campinas, e para Flávio Henrique Paraguassu-Braga, do Instituto Nacional do Câncer, do Rio de Janeiro.

O Prêmio Jovem Cientista foi criado em 1981 com o objetivo de incentivar a pesquisa no Brasil. É considerado pela comunidade científica uma das mais importantes premiações do gênero na América Latina. Os temas escolhidos são sempre de interesse direto da população e buscam soluções para problemas encontrados em seu cotidiano. E os trabalhos vencedores são publicados em livro, para divulgação em centros de pesquisa, universidades e instituições públicas e privadas de todo o país.

A premiação na categoria Graduado, para pesquisadores com menos de 40 anos, é de R$ 20 mil para o primeiro colocado, R$ 15 mil para o segundo e R$ 10 mil para o terceiro. Na Estudante do Ensino Superior, para alunos de escolas técnicas ou de cursos superiores que tenham menos de 30 anos de idade, o vencedor leva R$ 10 mil, o segundo colocado, R$ 8,5 mil, e o terceiro, R$ 7 mil. Na categoria Estudante do Ensino Médio, para alunos até 25 anos, os três primeiros colocados ganham computadores e impressoras. E na de Mérito Institucional, de incentivo à pesquisa científica em universidades, centros de pesquisa, escolas técnicas ou empresas que inscreverem o maior número de pesquisas com mérito científico, o vencedor ganha R$ 30 mil.