Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Para o ministro interino do Meio Ambiente, Claudio Langone, a 2ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que começa hoje (10), será realizada num momento "de grande efervescência do tema ambiental" em todo o mundo. Isso, segundo ele, aumentará ainda mais a qualidade dos debates. "Um conjunto de desastres naturais aconteceu ao longo deste ano, como a seca na Amazônia, tsunami [na Ásia], furacão em Nova Orleans [Estados Unidos]. Sem dúvida, esse processo de efervescência e os desafios que se apresentam são elementos qualificadores da segunda conferência nacional", salienta Langone.
Na avaliação do ministro interino, o encontro será uma oportunidade importante para a reflexão sobre os efeitos da ação humana sobre as mudanças climáticas. "Acho que se alguém tinha dúvidas sobre a influência da ação humana sobre as mudanças climáticas, depois do que aconteceu este ano não resta mais dúvida. Acho que a última dúvida ainda está no governo norte-americano, que se recusa a implementar o Tratado de Quioto", observa Langone. O acordo prevê que, de 2008 a 2012, a média de gases poluentes na atmosfera seja reduzida a um nível 5% menor que o registrado em 1999.
A 2ª Conferência Nacional do Meio Ambiente vai até terça-feira (13), com a participação prevista de cerca de 2 mil pessoas, entre as quais 1,5 mil delegados. A cerimônia de abertura contará com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
A população poderá acompanhar os trabalhos por meio de telões instalados em um espaço cultural montado no Centro de Eventos Marina Hall. No local, também foi montada a Feira e Mostra de Sustentabilidade, com artesanatos e produtos orgânicos produzidos por comunidades tradicionais e indígenas, grupos de mulheres e assentamentos rurais. Ainda serão realizados shows, mostras de filmes e outros eventos culturais, que também serão abertos ao público.