Paulo Montoia
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – As vendas de produtos eletroeletrônicos cresceram 14,79% este ano, segundo balanço prévio divulgado hoje pela Associação Nacional de Fabricantes de Produtos do setor, a Eletros. Os produtos de som e imagem tiveram crescimento bastante destacado dos demais sgmentos, de 32,23%. No total, foram comercializados 45 milhões de produtos.
Os aparelhos de reprodução de DVDs (sigla para discos digitais versáteis, em inglês) tiveram crescimento de vendas de 80,43%, seguidos por rádios-gravadores (37,06%). A seguir, vêm os televisores, com vendas de 9 milhões de aparelhos e crescimento de 20,9%, superior à projeção da associação, que esperava um máximo de 8,8 milhões de unidades vendidas. Os televisores são um dos bens duráveis de maior valor agregado e de maior venda no setor. Segundo a Eletros, a linha de produtos de imagem e som foi "favorecida pela queda do dólar, que barateou o custo dos componentes importados".
O presidente da Eletros, Paulo Saab, destacou em comunicado da entidade que, além de registrar vendas mais elevadas do que a previsão, o resultado de 2005 na linha de imagem e som "é ainda mais positivo" se for considerado que "2004 já foi um ano onde se iniciou o movimento de renovação do parque instalado desse segmento" e que as vendas de televisores no ano passado já haviam crescido 42% em relação a 2003.
O total de 45 milhões de produtos vendidos soma os segmentos de imagem e som, eletroportáteis e a chamada linha branca, de eletrodomésticos. O segmento de portáteis foi o segundo em crescimento (3%), liderado pelos aspiradores de pó (5,17%), seguidos por cafeteiras (3,49%), ferros de passar roupa (3,34%) e liqüidificadores (2,91%). A linha branca, que tem produtos de altos preços, teve o menor crescimento (2,2%), com o maior aumento de vendas em secadoras de roupa (8,87%), lavadoras (5,69%), fogões (2%) e refrigeradores (0,77%).
A Eletros atribui o baixo crescimento de saída de produtos da linha branca a uma cautela do consumidor quanto a compras por crediário, que são a principal forma de aquisição desses bens. Mas a entidade ressalva que "em dezembro, a queda dos juros e a expansão da massa salarial e crédito" estão "estimulando as vendas".