Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio - O ministro da Educação, Fernando Haddad, garantiu hoje (8), no Rio, que, apesar da greve de mais de 100 dias dos professores universitários, a grande maioria não aderiu à paralisação e que 70% dos professores conseguiram concluir o semestre letivo.

"É preciso ficar claro para a opinião pública este fato: mais de 70% dos professores concluíram normalmente o seu semestre letivo. Portanto, nós estamos falando de uma minoria que, paulatinamente, vai saindo da greve".

No dizer do ministro, não houve intransigência do governo com a questão. "Muito pelo contrário: a minha percepção é de que nós amolecemos com os grevistas. Nós encaminhamos um projeto de lei que prevê R$ 150 milhões a mais do que estava previsto inicialmente para o reajuste dos salários. A bem da verdade nós começamos a negociar, com valores autorizados, de R$ 395 milhões e, através de duas intervenções do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estes valores estão chegando hoje à casa dos R$ 650 milhões".

Haddad afirmou ainda que o governo já disponibilizou para toda a comunidade acadêmica o projeto de lei que o governo encaminhou ao Congresso Nacional e que prevê reajuste médio de 9,45% para toda a categoria. "O principal argumento para manter uma postura de intransigência por parte dos que continuavam, ou continuam em greve, era o de não conhecer os termos do projeto de lei encaminhado pelo governo ao Congresso. Este argumento, portanto, já não existe mais, uma vez que ontem já foi disponibilizado para toda a comunidade acadêmica a projeto detalhando a proposta do governo".

O ministro da Educação disse que não há mais argumento para intransigência por parte do sindicato. "A expectativa é que a comunidade, tomando ciência dos termos do projeto, possa voltar à normalidade acadêmica", concluiu.