Confederação da Agricultura defende abate de gado contaminado no Paraná

08/12/2005 - 18h38

Fernanda Muylaert
Da Agência Brasil

Brasília – A confirmação de focos de febre aftosa no Paraná tem deixado criadores de gado do estado apreensivos, segundo Antenor Nogueira, presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte, da Confederação da Agricultura (CNA). Ele apresentou hoje (08), em Brasília, indicadores da agropecuária para este ano.

Segundo Nogueira, os acontecimentos dos últimos meses geraram uma série de prejuízos para a região. "Os problemas vão muito além dos produtos de origem animal que foram jogados fora. Queremos agora fazer um documento ao ministério solicitando algumas providências com relação a isso", afirma.

Com a inclusão do Paraná na lista dos estados onde a febre aftosa é encontrada, o estado passa a fazer parte do relatório da União Européia para a questão e a estar dentro das regras internacionais a serem seguidas. "Para os produtores e para o estado, é preferível que se abata o gado. Mas essa não é uma decisão que cabe única e exclusivamente ao Ministério da Agricultura, é uma decisão que cabe ao órgão estadual, junto à sociedade e aos próprios produtores", explica o presidente do fórum.

A partir das regras estabelecidas, o Paraná pode escolher pelo abate ou não de seu gado bovino. Se optar pelo abate dos animais, o estado tem um prazo de seis meses para voltar a exportar. Caso contrário, a restrição para comercialização e exportação do gado triplica, passando a ser de 18 meses.

De acordo com Antenor Nogueira, indenizações pela perda de bois já estão sendo realizadas no Mato Grosso do Sul. Até agora, 11,3 mil dos cerca de 18 mil animais abatidos já foram indenizados, o que representa um gasto de R$ 5,682 milhões. "A previsão é ainda a de R$ 6,251 milhões sejam gastos na indenização de 25 mil cabeças de gado no estado".