Ministro diz que pesquisas ajudam a entender dinâmica social dos quilombolas

07/12/2005 - 17h58

Ivan Richard
Da Agência Brasil

Brasília – Os trabalhos, que venceram o prêmio Território Quilombolas, devem ser usados na formação de políticas públicas para as comunidades descendentes dos quilombos. Para o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, os projetos ajudarão a entender a dinâmica social dessas comunidades.

"Eles ajudam na medida que nos permitem compreender a dinâmica social, cultural e econômica das nossas áreas quilombolas. Com isso, criam melhores condições para que nós possamos acertar no apoio necessário", disse Rossetto.

Segundo o ministro, está sendo feito um grande esforço para assegurar "o direito à terra, ao território e à preservação da sua cultura e sua identidade". Os projetos para os quilombolas, segundo ele, "criam melhores condições para que possamos melhorar cada vez mais as nossas políticas públicas".

Para Rossetto, as comunidades quilombolas foram historicamente recusadas pelo poder público. "Nós iniciamos um resgate que tem como base um profundo respeito, um resgate dos seus direitos, de sua terra, de sua cultura; direitos a sua identidade. Penso que o país sempre fica maior quando valorizamos essa riqueza, que é a diversidade cultural, essa diversidade étnica do nosso país", avalia.

Durante o evento foi assinado um termo de cooperação técnica entre a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para a promoção e o estímulo de estudos e pesquisas voltadas à questão étnica racial.

O concurso foi promovido pelo MDA, por meio do Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (Nead), pelo Programa de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia (Ppigre) e pela ABA.