Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da Republica, Luiz Gushiken, disse há pouco, por meio de nota, que " jamais sugeriu, soube ou tomou qualquer decisão sobre antecipação de recursos para a DNA ou qualquer outra agência de publicidade, sejam financiados, ou não, por recursos da Visanet ou de qualquer outra empresa coligada do Banco do Brasil". O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, afirmou, hoje (7), na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios que não tinha ingerência sobre o aporte de recursos da instituição para a Visanet.
Segundo Pizzolato, as antecipações de recursos do Banco do Brasil feitas em 2003 e 2004 pela Visanet para a agência de publicidade DNA era um procedimento normal e que tinha buscado o aconselhamento do ex-ministro da Secretaria de Comunicação, Luiz Gushiken, e do ex-presidente do Banco do Brasil, Cássio Kasseb, antes de autorizar as antecipações.
Ainda, na nota, Gushiken afirma que toda orientação que a Secretaria de Comunicação (Secom) "expressou foi a de que as campanhas de publicidade que tivessem a marca Banco do Brasil, ou de outra estatal ou entidade federal, fossem encaminhadas para a Secom para serem aprovadas do ponto de vista do conteúdo, com o objetivo de assegurar a unidade da comunicação e a sintonia com as políticas públicas do Governo Federal".
Segundo o ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da Republica, "essa é uma exigência legal e com base nessa legislação o relacionamento da Secom com as áreas de comunicação do Sistema de Comunicação do Poder Executivo Federal é rotineiro, o que não comporta nenhuma ilação de má-fé ou suspeições".