Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio - Mais um investigado pela Operação Babilônia, da Polícia Federal, se apresentou hoje (7) à Superintendência do Rio. O advogado, identificado apenas pelas iniciais A.W.F., é suspeito de envolvimento, com outras nove pessoas, em um esquema de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e evasão de divisas, através do escritório de advocacia Zalcberg Advogados Associados.
O advogado foi encaminhado à carceragem da Polícia Interestadual do Rio (Polinter), onde ficará à disposição da Justiça. A operação policial foi desencadeada ontem para investigar o esquema de fraude, aproveitado por mais de 30 empresas nos últimos dez anos, e estimado em pelo menos US$ 30 milhões.
De acordo com a Polícia Federal, o escritório de advocacia montava empresas no Brasil e em paraísos fiscais, como Uruguai, Ilhas Virgens Britânicas e Panamá, para realizar movimentações financeiras ilícitas.
Empresas nacionais remeteriam dinheiro de caixa dois, à margem da fiscalização tributária, para empresas criadas nesses paraísos fiscais (offshores) para receber as remessas. O dinheiro voltava ao Brasil como forma de investimento, burlando as fiscalizações do país.
Ontem oito pessoas já haviam sido presas. A Polícia Federal já entrou em contato com a polícia uruguaia, para que seja localizada o último suspeito.