Seminário discute exportação de serviços de tecnologia da informação no Brasil

06/12/2005 - 15h28

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Brasil é o 10ª país que mais atrai para investimento para compra de serviços, como tecnologia da informação e centrais de atendimento telefônico. A informação é da pesquisa Desenvolvimento de uma Agenda Estratégica para o Setor de "IT Offshore Outsourcing". A pesquisa foi produzida pela Associação Brasileira das Empresas de Software e Serviços para Exportação (Brasscom) com a participação dos ministérios de Ciência e Tecnologia e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Os países de maior atratividade são Índia e China, tradicionais exportadores de serviços de tecnologia da informação. Estão à frente do Brasil também países como Cingapura e Chile.

De acordo com a pesquisa, no contexto global, a oferta brasileira para serviços de tecnologia da informação apresenta algumas vantagens quando comparada às de seus principais concorrentes (China, Ìndia e Canadá) como tamanho e sofisticação da demanda interna e cultura de negócios e de automação semelhante à dos principais mercados-alvos que são América do Norte e Europa. O Brasil tem ainda a vantagem de proximidade com os principais mercados-alvos e infra-estrutura de comunicações moderna e capilar quando comparada com China e Ìndia.

O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Software e Serviços para Exportação (Brasscom), Antônio Gil, aponta a qualificação profissional como um dos desafios para o setor se tornar mais competitivo em um mercado que tem o potencial de atingir US$ 70 bilhões em 2008. "Precisamos investir no conhecimento da língua inglesa, nos aspectos técnicos da indústria da tecnologia da informação. Para isso é preciso investir na formação de maior número de profissionais", afirma.

A pesquisa avalia que também são desafios para expandir o mercado a construção de conteúdo tecnológico e ampliar os investimentos em inovação. O ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, avalia que os desafios devem ser encarados conjuntamente entre governo e setor empresarial privado.

"Acredito que vamos conseguir vender essa marca Brasil em tecnologia da informação". Rezende destacou que os investimentos do governo em tecnologia estão aumentando. Os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico passaram de cerca de R$ 300 milhões em 2002 para R$ 650 milhões em 2004. De acordo como ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o valor chegará a R$ 1,2 bilhões em 2006.