Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O relatório da subcomissão para Fundos de Pensão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios é apresentado a portas fechadas. O relator, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), poderá pedir a convocação de pessoas envolvidas nas investigações. O relatório não será votado e, deve ser anexado a documento elaborado pelo deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), relator da comissão.
ACM Neto destacou que o trabalho de 32 dias para elaboração do relatório deve ser encarado como "ponto de partida" para as investigações. "As informações são parciais e poderão ser revistas em função dos trabalhos complementares", ressaltou logo no início da sessão da CPI.
O sub-relator disse que seu trabalho tem foco na figura do beneficiário final, que pode ter obtido ganhos com a perda dos fundos de pensão. "Foi exatamente quem pode ter dado prejuízo considerável para os fundos de pensão", afirmou. Segundo o deputado, no documento foram selecionados os 50 maiores beneficiários e as corretoras que aparecem como intermediárias de operações.
"Nos interessou ver quando houve repetição das perdas. Ou seja, sempre de um lado havia um fundo de pensão perdendo e do outro lado havia uma pessoa física ou jurídica ganhando", informou. De acordo com ACM Neto, a repetição das perdas acabou gerando um montante fora dos padrões. "É inquestionável que houve perdas significativas para os fundos de pensão. Vamos mostrar essas perdas, como se operou de ano a ano e quem ficou com o resultado positivo da perda do fundo de pensão".