Rio, 2/12/2005 (Agência Brasil - ABr) - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Velloso, defendeu hoje (2), na Associação Comercial do Rio de Janeiro, a diminuição do número de partidos políticos no país, cerca de 30, "muitos dos quais são legendas de aluguel". Na opinião dele, "algo como seis partidos fortes seria um número adequado para o Brasil".
Velloso considerou que os partidos de esquerda poderiam, por exemplo, se agrupar em um partido único: "O que não pode é ficar esse esfarinhamento".
Depois de informar que as sugestões que o Tribunal apresentou ao Congresso Nacional serão levadas a votação com urgência, conforme comunicado recebido do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente da Casa, Velloso disse defender o fortalecimento dos partidos políticos.
E justificou: "A democracia indireta representativa se faz a partir de partidos políticos. Portanto, os partidos políticos devem ter programas consistentes, deve existir um mínimo de fidelidade partidária, porque essas legendas de aluguel não prestam nenhum serviço à democracia".
O presidente do TSE também defendeu a cláusula de barreira, que estabelece que os partidos só podem ter representatividade na Câmara se conseguirem eleger 5% dos candidatos: "Acho que como está na lei é interessante. O Congresso não deve reduzir. Deve ficar mesmo em 5%", analisou.