Daisy Nascimento
Repórter da Agência Brasil

Rio – Em 2003, as empresas do setor de serviços tiveram uma receita líquida de R$ 326,6 bilhões. O resultado representa uma queda de 4,2% na comparação com 2002 e é o pior desde o início da série em 1998.

Os dados são da Pesquisa Anual de Serviços de 2003, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa foi feita junto a 992.748 mil empresas que prestam serviços não financeiros, em todo o país.

Os segmentos que mais contribuíram para a queda foram os de Serviços de Informações, que registraram baixa de 1,3% na receita em relação ao ano anterior, com destaque para a área de informática.

Mesmo com a queda, o setor empregou 6,75 milhões de pessoas, mantendo-se praticamente estável em relação ao ano anterior. Na comparação com 1998, quando teve início a serie de pesquisas do IBGE, houve uma expansão de 28,4% no total de pessoas ocupadas; mais expressiva que a da população economicamente ativa (PEA), de 14,2% no período.

De acordo com Clician Oliveira, gerente de análise de dados da coordenação de serviços e comércio do IBGE, além de apresentar um crescimento relevante no número de trabalhadores, o comportamento do setor de serviços mostra uma reestruturação do mercado de trabalho, com migração de empregados de outros setores da economia, e até mesmo asubstituição de funcionários por empresas prestadoras dos mesmos serviços.

Ainda segundo a economista, o setor foi responsável por aproximadamente 53% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2003, e pode crescer ainda mais.