Brasília, 22/11/2005 (Agência Brasil - ABr) - O presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Paulo Okamotto, preferiu não dar entrevista coletiva para os jornalistas após o seu depoimento de quase seis horas na CPI dos Bingos. Mas, na saída da comissão, ele disse desconhecer a utilização da carteira de identidade do presidente da República para o depósito bancário de parte dos R$ 29,4 mil pagos ao PT.
O dinheiro, segundo Okamotto, foi um ressarcimento ao partido pelo gasto com viagens de Lula ao exterior antes mesmo do início ofical campanha para a presidência. "Eu determinei que os recursos fossem entregues na sede do partido em São Paulo. Não sei qual procedimento foi usado para o depósito no banco", afirma o presidente do Sebrae, que foi procurador do presidente da República no processo de rescisão de contrato trabalhista de Lula com o PT.
A utilização da carteira de identidade do presidente foi denunciada durante o depoimento, pelo líder do PFL no Senado, José Agripino (RN). De acordo com senador, o uso desmentiria as declarações do presidente, que não reconheceu como pagamento de dívida ou empréstimo os recursos repassados por Okamotto ao PT.