Érica Sato
Da Agência Brasil

São Paulo – A Central Única dos Trabalhadores (CUT) pede rigor nas apurações do assassinato do coordenador do acampamento Zumbi dos Palmares, Pedro Laurindo da Silva. O trabalhador rural foi morto no último dia 20, Dia da Consciência Negra, a 50 quilômetros do município de Marabá, no Pará.

Em comunicado distribuído à imprensa na noite de ontem (21) e assinado pelo presidente da CUT, João Antonio Felício, o crime ocorreu após um debate sobre violência e direitos humanos, no qual da Silva denunciara a truculência policial contra o acampamento, que existe há três anos e abriga 150 famílias. "O crime ocorre num período de escalada da repressão aos movimentos populares e ao sindicalismo, que entre suas vítimas recentes inclui o sapateiro Jair da Costa, assassinado em setembro no Rio Grande do Sul" afirma o comunicado da CUT.

"É imprescindível que as causas do crime sejam devidamente identificadas, assim como esclarecido se há mandante", afirmou a CUT. De acordo com a central sindical, o principal suspeito pela morte de Silva foi preso e confessou o crime.