Movimento negro leva ao Planalto sugestões para reduzir desigualdades raciais

16/11/2005 - 17h16

Nelson Motta e Ana Paula Marra
Reporteres da Agencia Brasil

Brasília - Representantes do movimento negro, que participaram hoje, na Esplanada dos Ministérios, da Marcha Zumbi+10 contra o racismo e pelo direito à vida, chegaram, há pouco, ao Palácio do Planalto para um encontro com o secretário-geral da Presidência da República, ministro Luiz Dulci. Eles vão entregar ao ministro um documento, para ser levado ao presidente Lula, com o diagnóstico das desigualdades raciais no Brasil. No documento, os militantes do movimento negro apresentam sugestões de políticas públicas para superação das desigualdades.

Segundo o editor do jornal da organização não-governamental (ONG) Irohin, Edson Lopes Cardoso, também consta do documento um levantamento com o custo do racismo no Brasil. "Nós fizemos um estudo a partir de três indicadores - saneamento, habitação e educação - em que há grande desigualdade de acesso de brancos e negros e sugerimos valores. Poderiam constar do Orçamento da União, para superar essas desigualdades, R$ 67,2 bilhões", afirmou Cardoso.

Ele chegou ao Palácio do Planalto acompanhado de representantes dos Kalungas (comunidade quilombolas do estado de Goiás), do Centro de Cultura Negra do Maranhão, do Fórum de Entidades Negras de Pernambuco, do Instituto de Advogados Negros do Rio de Janeiro e da Afro-Press.