Paulo Montoia
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Até hoje (11) o Ministério da Saúde ainda não tinha recebido notificação da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo de que a febre maculosa causou da morte de uma menina de 12 anos, no dia 6. A doença é transmitida pelo carrapato estrela.
A mãe da menina, também com sintomas da doença mas ainda sem confirmação de contágio, continua hospitalizada e passa bem, de acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde.
A confirmação do diagnóstico da morte foi feita esta semana, e a secretaria municipal tem prazo de 60 dias para notificar o ministério. Com esse caso, sobe para seis o número de contagiados em novembro, dos quais cinco ocorreram no estado do Rio de Janeiro.
Segundo informou a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, de janeiro a julho deste ano, foram confirmados 20 casos da doença no país – cinco deles fatais.
A menina L.M.S., que morreu em São Paulo, foi levada a um serviço médico no dia 4, quando, segundo a secretaria de saúde, sua mãe citou o contato com o carrapato. Ela faleceu no dia 6 e teve a confirmação da causa da morte no dia 10.
Sua mãe está sendo tratada com antibióticos, no Hospital Dr. Arthur Ribeiro de Saboya, mas já deixou a UTI e, segundo a secretaria de saúde, tem um bom quadro de saúde. O resultado de confirmação ou não da doença deverá ser divulgado hoje ou segunda-feira pelo Instituto Adolfo Lutz.
Tanto a menina quanto sua mãe foram atacadas pelo carrapato estrela na região do Parque do Estado, uma das maiores áreas de preservação de Mata Atlântica, na zona sul da cidade, junto ao Jardim Zoológico e ao Jardim Botânico.
Segundo a assessoria de imprensa da secretaria de saúde, a região foi visitada por técnicos da Coordenação de Vigilância em Saúde do município. Houve busca e coleta de carrapatos na área considera foco, corte de grama e mata, vistoria nas casas e animais domésticos, mas não foi constatada infestação.
No período de 1995 a 2004, o Ministério da Saúde registrou 366 casos de febre maculosa, dos quais resultaram 166 mortes, nos estados de SP, MG, ES, SC e RJ. Segundo o material de divulgação do ministério, a doença provoca sintomas semelhantes aos da dengue e da leptospirose e é eficientemente curada com antibióticos quando o contágio é identificado rapidamente.