Treinamento ajuda futuros empreendedores a elaborar projetos

10/11/2005 - 11h24

Norma Nery
Repórter da Agência Brasil

Rio - Futuros empreendedores comunitários participaram, durante dois dias, de treinamento para a elaboração de projetos comerciais e sociais que promovam inclusão social e qualificação no ramo de pequenos negócios. Os 141 alunos da última turma do ano da Escola Carioca de Empreendedores Comunitários, instituição municipal, receberam instruções de ex-integrantes do projeto sobre monitoramento, controle interno, gestão, lucro, fluxo de caixa, expansão e dificuldades de construir suas propostas.

O trabalho desenvolvido pela escola é considerado pioneiro e foi escolhido como projeto inovador de Inclusão Produtiva para ser apresentado na Conferência Nacional de Assistência Social, no mês de dezembro, em Brasília.

No seminário, realizado no Centro de Cidadania Rinaldo de Lamare, em São Conrado, foram apresentados roteiros básicos que servirão de guia na realização do exercício final de capacitação do grupo, previsto para o início de dezembro. A escola já treinou 987 moradores de comunidades de baixa renda, em cursos com duração de três meses que oferecem uma bolsa mensal de R$ 100 para os inscritos.

A coordenadora da escola, Leonor Pio Borges, disse que o seminário é um reforço de todos os ensinamentos oferecidos ao longo do curso. Segundo ela, as equipes do projeto acompanham o desenvolvimento dos empreendimentos de ex-alunos, como serviços de costura, artesanato, oficinas de reparos em eletrodomésticos, além das cooperativas e associações de jovens e idosos, por exemplo, na área social.

Leonor disse que, entre os vários indicadores levantados, o item qualidade de vida é o de maior destaque."Qualidade de vida é conseguida com o maior aumento da renda de cada pessoa e da comunidade, com a integração de outras pessoas ajudando a melhorar a renda", explicou a coordenadora.

Outro ponto de destaque é que os cursos são mais procurados por mulheres. "Sem dúvida. São as mulheres acima de 35 anos as mais empreendedoras e muitas vezes optam por trabalhar em casa para tomar conta dos filhos. Então 70% dos nossos alunos são mulheres", completou Leonor.