Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Na cerimônia que anunciou os vencedores do 21º prêmio Jovem Cientista, o diretor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Manoel Barral Neto, afirmou que a instituição destinou este ano cerca de R$ 1,5 bilhão para pesquisas. Ao orçamento do CNPq, no valor de R$ 800 milhões, somam-se os recursos dos fundos setoriais, cerca de R$ 600 milhões e mais um convênio com o Ministério da Saúde no valor de R$ 50 milhões.
"Houve um aumento significante no valor e no número de bolsas, tanto de iniciação científica quanto da pós-graduação, que pega esse segmento jovem, reconhecido hoje, e houve também uma correção parcial do valor das bolsas, que ainda é insuficiente, mas pelo menos há dez anos não se fazia correção do valor das bolsas", afirma Barral.
O financiamento de pesquisas e a oferta de empregos são duas das principais preocupações dos cientistas do país. Essa é a opinião, por exemplo, do professor titular de medicina da Universidade de São Paulo, Roberto Passetto Falcão.
"Uma coisa que é fundamental para os cientistas ficarem aqui é eles terem onde trabalhar. Depois que eles conseguirem isso, ter lugar para trabalhar, eles precisam ter financiamento. Em alguns estados é muito fácil. Em São Paulo, o financiamento existe. Se a pessoa tiver capacidade, ela obtém financiamento. Em outros estados isso não acontece. Então ou o governo federal disponibiliza esse recurso ou os outros estados passam a fazer como São Paulo, onde parte do orçamento do estado é para pesquisa", afirma o professor.
O 21º prêmio Jovem Cientista é uma iniciativa do CNPq, do Grupo Gerdau, da Eletrobrás/Procel e da Fundação Roberto Marinho. Os trabalhos vencedores do prêmio serão publicados em livro e posteriormente divulgados em centros de pesquisa, universidades e instituições públicas e privadas de todo o país.