Laudo da vistoria em pousada infectada por carrapato no Rio deve sair à tarde

03/11/2005 - 11h41

Thaís Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio - Técnicos da Vigilância Sanitária do estado do Rio de Janeiro e do município de Petrópolis, na região serrana, estão reunidos hoje (3) para avaliar os possíveis focos de febre maculosa na região, que recebe em média 10 mil turistas semanalmente. No fim da tarde, eles devem divulgar um laudo sobre a vistoria feita na terça-feira na pousada Capim Limão.

Três pessoas que se hospedaram há duas semanas na pousada apresentaram sintomas da doença e duas delas já morreram: o jornalista Roberto Moura, que morreu na semana passada, e o superintendente da Vigilância Sanitária do município do Rio, Fernando Villas Boas Filho, que morreu na segunda-feira (31).

A terceira possível vítima é um professor aposentado de 62 anos, que está internado desde a semana passada no Hospital São Lucas, em Copacabana. O quadro de saúde dele apresentou hoje leve melhora, mas de acordo com a assessoria do hospital, ele continua no CTI, respirando com a ajuda de aparelhos e submetido a sessões hemodiálise.

Nova vistoria deve ser realizada ainda hoje nos arredores da Capim Limão, para identificar a existência de mais focos do carrapato estrela, vetor da febre maculosa, ou seja infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii, que transmite a doença.

Os estabelecimentos ligados ao turismo, como hotéis, pousadas e restaurantes, começam a distribuir material educativo, elaborado pela prefeitura de Petrópolis, orientando a população sobre como se prevenir da doença. Segundo a Fiocruz, os primeiros sintomas da febre maculos, segundo a Fiocruz, levam em média de sete a dez dias para se manifestar.

Os exames realizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para detectar a doença a partir do sangue dos possíveis infectados, deram resultado negativo. Segundo a assessoria de imprensa da Fiocruz, no entanto, o resultado já era esperado, porque a doença demora alguns dias para ser constatada, só depois que o organismo da vítima produz anticorpos. Uma segunda amostra já está sendo analisada.