Érica Santana
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Banco BMG informou hoje (03) por meio de nota à imprensa que "todos os empréstimos concedidos às empresas ligadas a Marcos Valério de Souza foram devidamente registrados e seguiram todas as normas vigentes estabelecidas pelo Banco Central do Brasil".
A nota foi emitida depois que relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), afirmou que o publicitário Marcos Valério recebia dinheiro da Visanet por trabalhos de publicidade e depois depositava a verba no BMG, que,posteriormente, realizaria empréstimos que jamais teriam sido cobrados.
Serraglio apresentou a conclusão parcial de uma investigação nos contratos entre a DNA Propaganda, empresa de Marcos Valério de Souza, e a Visanet, empresa cujo principal acionista é o Banco do Brasil (BB), com 32,5% do capital.
Em relação aos empréstimos concedidos à empresa Rogério Lanza Tolentino & Associados, também ligada a Marcos Valério, o BMG diz que "as aplicações em Certificado de Depósito Bancário (CDB) dadas como garantia do empréstimo foram executadas pelo banco e abatidas do valor total da dívida".
O banco explica que não mencionou a aplicação em CDB quando houve proposta para a execução da dívida "porque os recursos já estavam na posse do banco, que aguardava apenas o vencimento para fazer a execução" e que quando a dívida venceu, o BMG, com base "em decisão judicial, executou tal garantia e abateu do total da dívida", reforçando a convicção do banco de que "irá receber os valores emprestados".
Na nota, o BMG esclarece também que as informações divulgadas hoje para a imprensa foram "encaminhadas oficialmente" à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios e "recebidas por esta comissão no dia 11 de outubro de 2005, por meio de um detalhado memorial que descreve todas estas operações".