No Rio, técnicos devem debater proposta do MEC para fim da greve na quinta-feira

01/11/2005 - 13h47

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio – Em greve desde 20 de agosto, os técnicos administrativos da rede federal de ensino no Rio de Janeiro indicam possibilidade de retorno às atividades ainda nesta semana. Foi o que disse hoje à Agência Brasil o superintendente geral da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Gambini.

Na quinta-feira (3), os servidores se reunirão, às 10 horas, em assembléia na universidade, para analisar a nova proposta do Ministério da Educação (MEC).

Gambini reafirmou que pendências na aplicação do novo plano de carreira – sancionado pelo presidente Lula em janeiro – são alguns dos motivos da greve. "Há uma discussão sobre variação dos patamares salariais entre os padrões de vencimento", disse o superintendente. Os servidores reivindicam que esse patamar passe de 3% para 3,6%. Mas o MEC prevê que isso vigore apenas para 2006.

Gambini analisou que o ideal, para melhoria real dos salários dos servidores e a resolução de pendências, seria elevação de 3,6% no 16 padrões de vencimento (do piso ao teto) para 5%. "Aí todo mundo ficaria com o salário ajustado, e ninguém ficaria com esse vencimento complementar, que ficou como um penduricalho na nova carreira", avaliou.

Segundo ele, "existe possibilidade de chegar a um acordo, pois havendo compromisso de que está garantida a tabela com o novo percentual entre os padrões de vencimento e a implantação efetiva das titulações, capacitações e certificados, isso pode ser um caminho para o final da greve".

A greve dos técnicos administrativos da rede federal de ensino abrange a UFRJ, a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), a Escola Federal de Química, a Universidade do Rio de Janeiro (UniRio), o Colégio Pedro II e o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ).

Dos 8,5 mil servidores administrativos da UFRJ, apenas 30%, ou 2,5 mil funcionários, estão paralisados efetivamente, segundo informou Gambini.