Meta do Censo Previdenciário é reduzir pagamentos indevidos, diz ministro

01/11/2005 - 18h05

Brasília, 1/11/2005 (Agência Brasil - ABr) - O objetivo do Censo Previdenciário, cuja primeira etapa começou hoje (1), é reduzir os pagamentos indevidos. Serão atualizados os dados cadastrais de pensionistas, aposentados e outros beneficiários da Previdência Social e segundo o ministro Nelson Macha, "se aparecer 1% em pagamentos indevidos, estaremos falando de R$ 1,5 bilhão, um valor superior até ao orçamento da Previdência". Anualmente, o governo federal gasta R$ 146 bilhões, com 23 milhões de beneficiários em todo o país.

Em entrevista exclusiva à Radiobrás, o ministro destacou que, independentemente da economia para os cofres públicos, o censo vai mapear o sistema previdenciário e prestar satisfação à sociedade. "Ainda que não houvesse qualquer pagamento indevido, seria muito importante que a gente fizesse o censo para saber onde é que estão os beneficiários. E para que a sociedade tenha certeza de que ela contribuiu e o pagamento está sendo feito para aqueles que efetivamente têm direito", enfatizou.

Nesta primeira etapa do censo, que vai até fevereiro de 2006, serão chamados para atualização de dados cadastrais 2.485, 803 beneficiários cujos dados divergem das informações constantes no Cadastro Nacional de Informações (CNIS) – e que representam R$ 1 bilhão do total pago pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Quase metade destes beneficiários – 1,88 milhão – ganha até um salário mínimo e apenas 71,9 mil pessoas recebem benefício superior a R$ 1,5 mil.

O governo federal pretende atualizar os dados de mais 13 milhões de beneficiários da Previdência entre março e dezembro de 2006. Não participam do Censo os titulares de benefícios temporários, como auxílio doença e auxílio maternidade, e de benefícios concedidos partir de 2003.