Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio – O orçamento municipal previsto para a saúde, em 2006, na cidade do Rio é torno de 20% menor que o deste ano. Se para 2005 foram destinados R$ 1,73 bilhão, para o próximo ano são esperados apenas R$ 1,32 bilhão, ou seja, R$ 400 milhões a menos. A informação é do vereador carioca Adelino Simões (PPS), membro da Comissão de Saúde da Câmara Municipal e da Comissão Parlamentar de Acompanhamento da Saúde do Rio, grupo formado por representantes dos legislativos municipal, estadual e federal.
Simões lembrou que a prefeitura não terá mais que gastar com os quatro hospitais – Andaraí, Lagoa, Ipanema e Cardoso Fontes – que neste ano foram devolvidos para a administração do Ministério da Saúde. Apesar disso, o vereador disse que há outros gastos extras já previstos para 2006, como a abertura do Hospital de Acari e da nova emergência do Hospital Salgado Filho.
"Eles têm despesas também com outras unidades, como gastos com a aparelhagem médico-cirúrgica, que é muito velha. Tem que haver investimento. Não entendi como pode, de um ano para outro, simplesmente diminuir 22% do orçamento", disse Simões, que se reuniu hoje (28) com o subsecretário de Ações de Saúde do Rio, Jacob Kligerman.
O vereador disse que o Hospital Miguel Couto, visitado hoje pela Comissão Parlamentar, por exemplo, terá um orçamento de R$ 54,5 milhões em 2006, dos quais apenas R$ 15 milhões serão usados para a manutenção do hospital, já que o resto está comprometido com o pagamento de pessoal. Com isso, segundo Simões, o orçamento mensal para manter a unidade será de R$1,2 milhão, quando o ideal seria de R$ 3,5 milhões.
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que desconhece os dados informados pelo vereador Adelino Simões.