Estudos do PSDB e PT sobre existência de "mensalão" têm diferença de números

28/10/2005 - 15h47

Marcela Rebelo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os estudos sobre a tese do "mensalão" produzidos pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) apresentam algumas diferenças de números, como as datas de repasse e as quantias liberadas pelo empresário Marcos Valério de Souza a cada partido.

Segundo a assessoria do PT, a legenda levou em consideração "a relação de sacadores apresentada pelo próprio Marcos Valério durante depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Compra de Votos" e também dados da Secretaria Geral da Mesa da Câmara.

No entanto, os assessores avaliam que o documento mais confiável para a realização do estudo seria o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), mas ele "está revestido de caráter sigiloso".

Já o PSDB afirmou que utilizou documentos entregues por Marcos Valério à Polícia Federal, ao Ministério Público da União e às comissões parlamentares mistas de inquérito (CPMIs) dos Correios e da Compra de Votos. O partido levou em consideração ainda os depoimentos no Conselho de Ética, entrevistas e dados da Secretaria Geral da Mesa.