Deniza Gurgel
Da Voz do Brasil
Brasílai - O Ministério da Saúde já está distribuindo o terceiro lote de métodos anticoncepcionais que não precisam de cirurgia. Desta vez, 1.388 municípios vão receber pílulas anticoncepcionais, camisinhas, pílulas do dia seguinte e anticoncepcionais injetáveis.
O lote faz parte da Política Nacional de Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, lançada em março deste ano. A idéia é que o Sistema Único de Saúde (SUS) possa distribuir 100% dos métodos anticoncepcionais, garantindo o direito de homens e mulheres escolherem quantos filhos querem ter e qual a melhor época para a gravidez.
A coordenadora da Área Técnica da Saúde da Mulher, Maria José Araújo, disse que, além de permitir o planejamento familiar, a distribuição de métodos anticoncepcionais também é importante para reduzir o número de mortes de mulheres por aborto. "O aborto é a quarta causa da mortalidade materna. E as mulheres abortam porque não têm acesso aos métodos, ou elas não têm informação adequada, ou porque os métodos falham", afirmou Maria José.
Por isso, acrescentou, "é importante que o ministério tenha essa política para garantir os direitos das pessoas, dos homens e das mulheres, para reduzir o número de abortos inseguros, reduzir a mortalidade materna".