Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Banco Central (BC) prevê que a inflação em 2005 fique abaixo do objetivo do governo para o ano 5,1%, e abaixo de 4,5% no ano que vem. A ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a reunião que o colegiado de diretores realizou na semana passada, divulgada hoje (27), utilizou o cenário de referência anterior ao encontro, quando a taxa básica de juros (Selic) era de 19,50% ao ano e o dólar norte-americano estava cotado a R$ 2,25.
A previsão já incluía o recente reajuste dos preços dos combustíveis, que adicionou o aumento acumulado de 7,5% dos preços da gasolina no ano - que só passou a ser considerado em setembro, pois até então as previsões eram de reajuste "zero".
Mesmo com a elevação dos derivados de petróleo, a ata do Copom sustenta que não haverá alteração na composição inflacionária dos preços administrados por contrato e monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, educação, medicamentos e outros), que tiveram peso de 29,9% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro.
De acordo com o documento do BC, o reajuste acumulado desses itens será de 7,8% neste ano, e a projeção para 2006 cai dos 5,3% previstos no mês anterior para 5,1%. As estimativas para 2005 mantêm reajustes de 6,7% para as tarifas de telefonia fixa e de 7,6% para a energia elétrica residencial, ao passo que o gás de botijão terá deflação (inflação negativa) de -1,2%, ante previsão anterior de -1,7%.