Rio, 26/10/2005 (Agência Brasil - ABr) - O vice-ministro do Turismo e Esportes do Uruguai, Alberto Prandi, afirmou hoje (26) que a integração real entre os povos da América do Sul "depende, fundamentalmente, da integração através do transporte aéreo". Por isso, avaliou como positivo o debate entre os ministros do continente os representantes de Cuba, Costa Rica e República Dominicana, durante o Fórum Mundial do Turismo para Paz e Desenvolvimento Sustentável.

Prandi destacou ainda a importância do turismo para o crescimento econômico dos países da região: "Desse intercâmbio, dessa comunicação, dessa integração depende muito o bem-estar de milhões de cidadãos de nossos países, de uma região que precisa estar cada dia mais integrada".

Nesse sentido, o vice-ministro disse ser importante também definir as áreas de ação do turismo que os países desejam rechaçar. Considerou essencial atacar o problema do turismo sexual infantil e a utilização comercial de crianças e jovens, "que é um flagelo em muitos países do mundo". Segundo Alberto Prandi, o assunto tem de ser atacado em conjunto pelos países da América do Sul e da América Latina, para evitar que se converta em realidade na região.

Os participantes do Fórum Mundial do Turismo defenderam a adoção de um código de conduta contra a exploração sexual infantil e juvenil. De acordo com Paola Viero, do Ministério de Assuntos Exteriores da Itália, o programa foi implantado em seu país e emais oito da América Central, em 1996. A campanha de comunicação mostrou eficácia quando houve a adesão dos taxistas que, segundo Viero, transportavam os agressores e informavam sobre os locais de prostituição. "Com a campanha de esclarecimento, os taxistas passaram de veículos a principais vetores contra a prostituição", disse a especialista.

Dados fornecidos pela assessoria de imprensa do Fórum apontam a existência, atualmente, de 32 países com focos de exploração sexual infantil relacionada ao turismo. Para Ana Lucia Dezolt, representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no evento, a assinatura do Código de Conduta Internacional, pelos Estados Unidos, dará impulso à luta global contra o abuso sexual de crianças e adolescentes.