Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio – A falência da rede básica de saúde e a falta de hospitais na Baixada Fluminense são as principais causas da superlotação das unidades de emergência da capital. A afirmação é do representante dos usuários da rede pública nos Conselhos Municipal e Estadual de Saúde do Rio, Urquilei Pinheiro.
Ele explica que a falta de profissionais e de medicamentos nos postos de saúde, que fazem a atenção básica ao paciente, faz com que a população procure diretamente os grandes hospitais de emergência. Pequenos problemas, como dores de cabeça, têm de serem resolvidos em unidades que deveriam lidar apenas com problemas como ataques cardíacos e ferimentos graves.
"No exato momento em que essa pessoa vai para as emergências, ela ocupa uma vaga daqueles pacientes que necessitam de um tratamento de emergência. Isso causa o congestionamento da rede. Isso causa um problema muito sério. É uma desorganização total no atendimento de saúde no Rio de Janeiro", disse Pinheiro.
Já a falta de hospitais na Baixada Fluminense faz com que os pacientes desses municípios busquem as emergências da capital. Hoje, segundo Pinheiro, existem apenas duas grandes unidades de emergência na região: Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, e Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias. Para ele, seriam necessárias pelo menos mais duas unidades para atender demanda local.