Comissão indica que há carência de mil leitos hospitalares na região metropolitana do Rio

26/10/2005 - 19h23

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio – A região metropolitana do Rio tem uma carência de cerca de mil leitos hospitalares. O dado é da Comissão Metropolitana de Saúde do Rio, que foi criada no início de agosto e que possui representantes de prefeituras, do estado e do Ministério da Saúde. "A carência está principalmente na Baixada Fluminense", disse a representante do governo federal no grupo, Ana Maria Schneider.

Segundo ela, a carência deve ser resolvida, em parte, com o funcionamento de hospitais que ainda estão em obras: Acari, Nilópolis e Queimados. Juntos, os três poderão oferecer cerca de 700 leitos.

O Hospital Municipal de Acari deve funcionar no primeiro semestre de 2006. O Hospital Estadual de Nilópolis está na fase de compra de equipamentos. Já o Hospital de Queimados terá suas obras retomadas pelo Ministério da Saúde. Elas estavam paradas há mais de dez anos.

Hoje, a Secretaria Estadual de Saúde já anunciou a contratação de 100 leitos junto a hospitais filantrópicos, com o objetivo de desafogar as unidades públicas de saúde da cidade do Rio.

Ana Maria Schneider disse que a Comissão Metropolitana também trabalha para colocar em funcionamento uma central de regulação de leitos para internação no Rio. Segundo ela, o Ministério da Saúde oferecerá o pessoal e os equipamentos de informática. A linha telefônica, pela qual será feita a regulação, ficará por conta da prefeitura do Rio.

O serviço servirá como um banco de dados para os hospitais saberem onde há leitos vagos para determinadas especialidades médicas, evitando superlotação em algumas unidades e ociosidade em outras. A intenção é que a central já comece a funcionar este ano, inicialmente com algumas especialidades.

"A gente pretende entrar primeiro com saúde mental, saúde auditiva, atenção ao parto e rede de hematologia e de hemoterapia. Esses quatro já vão entrar no primeiro cronograma. Depois a gente vai entrar com derrame, com trauma etc", contou Schneider.