Projeto de inclusão social dos Correios chega a complexo de 13 favelas no Rio

25/10/2005 - 14h00

Rio, 25/10/2005 (Agência Brasil - ABr) - Os moradores das 13 favelas do Complexo de Manguinhos, na zona Norte da cidade, já podem receber correspondência em casa, além de postar encomendas e passar telegramas sem sair da comunidade. O projeto de Inclusão Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vizinha das comunidades, vai beneficiar pelo menos 30 mil pessoas do local.

Com o projeto, cada associação de moradores terá uma agência postal (Agência de Correios Comunitária) com duas pessoas da comunidade responsáveis por distribuir diariamente a correspondência. Essas pessoas receberão, pelo serviço, uma ajuda de custo de R$ 171,00, recursos que sairão da parceria ECT/Fiocruz.

O projeto é pioneiro no país e ainda neste ano deve ser estendido a comunidades carentes de outros estados. O objetivo, segundo o presidente da ECT, Jânio César Luiz Pohren, é ampliar o acesso à comunicação postal dos brasileiros de comunidades carentes. "A comunicação é um direito de todo cidadão e cabe à Empresa garantir esse direito. Temos uma missão nobre e a iniciativa é totalmente condizente com o projeto do governo de inclusão social", acrescentou, sem no entanto divulgar os valores do investimento.

Uma das atendentes é Elizabeth Pereira da Silva, de 26 anos, responsável pela entrega dos documentos postais. Ela trabalhará ao lado do pai, Jorge Ronaldo da Silva, de 60 anos, nascido e criado na comunidade – portanto, sem dificuldades para encontrar os destinatários, mesmo que as ruas não tenham nomes e as casas não tenham números. "Eu vou ficar no balcão postando cartas, recebendo encomendas, e o meu pai vai entregar a correspondência nas casas", contou.

Antes da abertura das agências comunitárias dos Correios, a correspondência para o Complexo de Manguinhos era endereçada à associação de moradores e cabia a cada morador ir até lá para retirar a encomenda. Para postar uma carta, os moradores precisavam sair da comunidade.