Rio, 25/10/2005 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse hoje que não é correto atribuir a responsabilidade pela contaminação do gado por febre aftosa, em Mato Grosso do Sul, a uma suposta não liberação de verbas.
Palocci reafirmou que, no começo deste ano, foram liberados R$ 90 milhões de reais para o Ministério da Agricultura, destinados aos programas de Defesa Animal e Vegetal. Segundo ele, o próprio ministro Roberto Rodrigues teria dito recentemente que, desse total, foram gastos até agora R$ 50 milhões.
Ele garantiu que a Fazenda vai dar todo apoio ao Ministério da Agricultura para evitar a expansão da febre aftosa, e não permitir que o caso se repita, mas deixou claro que não adotará medidas que comprometam o ajuste fiscal.
"Nós procuramos fazer a liberação de recursos dentro das limitações que o Orçamento tem e do compromisso fiscal, do qual eu não abro mão, pois acho que esse compromisso é um dos principais responsáveis pelos bons resultados econômicos do país", frisou Palocci.
O ministro justificou que a falta de atenção especial à questão fiscal foi um dos motivos que levaram à destruição sistemática dos ciclos de crescimento da economia brasileira. "Eu não vou ser sensível àqueles que usam esses momentos de liberação, ou não, de verbas para voltar às velhas teses de dizer que questão fiscal não é importante, que o dinheiro tem de ser gasto", ressaltou.