Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou hoje (24) que foram recebidas 910 inscrições para o prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, mais do que o dobro do esperado. O prêmio foi lançado em agosto, em parceria do governo federal com o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), para estimular ações e projetos que permitam ao Brasil cumprir sua parte nas Metas do Milênio.
Inscreveram-se prefeituras, organizações públicas e do setor privado, associações da sociedade civil, fundações, universidades públicas e particulares, além de pessoas indicadas por terem realizado ações relevantes no cumprimento das Metas do Milênio. O anúncio foi feito ao Grupo de Líderes Empresariais (Lide), durante almoço-debate com o tema "Responsabilidade Social das Empresas na Construção de um Brasil Melhor".
"São experiências inovadoras, criativas e exemplares, tanto do ponto de vista do conteúdo como da qualidade do gerenciamento, demonstrando o quanto nosso país está e pode se engajar nesse processo", disse Lula. Os vencedores do prêmio serão anunciados em dezembro, em Brasília.
Para ilustrar a capacidade do país para alcançar as Metas do Milênio, Lula citou a participação da iniciativa privada e da sociedade civil no programa Bolsa Família. De acordo com ele, a expectativa no programa do governo federal foi superada. "Chegaremos agora em dezembro atendendo a 8,7 milhões de famílias. E o mais importante é a condicionalidade de colocar os filhos na escola".
Lula enfatizou a existência de três projetos fundamentais para a melhoria da educação no país: o primeiro amplia o ensino fundamental de oito para nove anos. O segundo trata do incentivo à educação continuada dos professores e o terceiro é a emenda constitucional que cria o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), destinando R$ 4,3 bilhões para a educação básica ao ensino médio.
"Esse é um programa de extrema importância para o Brasil e não podemos deixar para votá-lo no ano que vem. Ele precisa ser votado este ano, para que possamos, já na discussão do orçamento, colocar o primeiro R$ 1,3 bilhão que tem que entrar esse ano. Senão vai ficar para 2007 e é mais um ano perdido que teremos no país", afirmou o presidente.