Comércio de armas permite que só os ricos se protejam, diz coordenador do Viva Rio

24/10/2005 - 16h18

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio – O coordenador da Campanha do Desarmamento da organização não-governamental (ONG) Viva Rio, um dos principais apoiadores do "sim" na cidade do Rio de Janeiro, Antonio Rangel Bandeira, afirma que o comércio legal de armas de fogo provoca desigualdade porque só permite que os mais ricos se protejam. "Pobre não tem dinheiro para arma. Uma arma hoje está custando, com todas as taxas, mais de R$ 2 mil. Por isso, quem tem que prover segurança é o Estado", disse o sociólogo.

O co-autor do livro Armas de fogo: proteção ou risco? avalia que o "não" só obteve o voto de dois tipos de eleitores: o proprietário de armas de fogo e o cidadão insatisfeito com as políticas de segurança pública. "Foi um voto do protesto. É uma mensagem muito clara para o governo: é preciso investir não só mais recursos na segurança pública mas fazer reformar essa polícia", afirmou Bandeira.