Cristina Índio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio – A deputada federal do PCdoB, Jandira Feghali, vice-presidente da Frente Parlamentar Brasil Sem Armas, disse hoje (23) que o referendo sobre o comércio de armas e munição é a inauguração da democracia direta e participativa no país.
"Diante da crise política que estamos vivendo, onde os limites da democracia representativa estão cada vez mais claros, essa inauguração ocorre com um tema absolutamente fundamental que é o tema da vida, das armas, da violência", disse.
Feghali afirmou que o atraso no debate do assunto no Congresso provocado, segundo ela, pela "bancada do não", restringiu o tempo de discussão pela sociedade. "O referendo acabou tendo um curto tempo de debate e isso acabou derivando num certo limite de esclarecimento do que é o referendo e do próprio debate, mas acho que o referendo é uma imensa conquista da sociedade brasileira", emendou.
Para a parlamentar, independente do resultado das urnas, a sociedade sai das discussões sobre o comércio de armas e a violência no país com a clareza de que é fundamental cobrar do governo políticas de segurança pública coletivas.
"Nós saímos desse referendo com algumas conquistas. Uma delas é a sociedade inteira compreendendo que é preciso cobrar com firmeza das instituições públicas a execução das leis sobre segurança pública coletiva, desde a iluminação pública, que é papel do prefeito, até o controle de fronteiras, papel do governo federal ", explicou.
Jandira Feghali votou na escola municipal Cócio Barcellos, em Copacabana, na zona sul do Rio, na companhia da filha Helena, de 12 anos, e do filho Tomaz, de três anos.