Keite Camacho
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A coordenação do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) realiza hoje (21) um sorteio público dos candidatos inscritos, com a presença de auditores da Controladoria Geral da União, no Palácio do Planalto. Mais de 182 mil jovens se inscreveram nesta etapa para um total de 148.676 vagas.

"O objetivo é garantir a transparência e a lisura do processo", afirmou o secretário nacional de Juventude, Beto Cury. O órgão é responsável pela coordenação do projeto e é ligado à Secretaria Geral da Presidência da República.

Algumas cidades, como o Recife, apresentaram maior número de candidatos que o de vagas disponíveis. "Estavam disponíveis 8.400 vagas e se inscreveram 21 mil pessoas", disse. Os nomes dos que não forem sorteados permanecerão na lista e poderão ser chamados no caso de desistência ou quando os candidatos não preencherem, no ato de matrícula, os requisitos necessários. Já os sorteados, deverão se matricular entre os dias 26 de outubro e 21 de novembro. Eles receberão uma carta da central de atendimento de Brasília, informando o endereço e a documentação necessária.

A coordenação nacional do programa também pede às prefeituras que ajudem na divulgação dos sorteados para que os interessados não percam o período de matrícula. Cada prefeitura vai receber um CD-ROM com a lista dos selecionados e outro com o endereço e o telefone de cada um deles.

Nas 14 capitais onde as vagas não foram todas preenchidas, as inscrições serão reabertas de 24 de outubro até 15 de novembro. São elas, Cuiabá, João Pessoa, Vitória, Curitiba, Rio Branco, Palmas, Rio de Janeiro, Boa Vista, Porto Alegre, São Paulo, Brasília, Belém, Goiânia e Florianópolis. O número para inscrição é o 0800-6427777. O candidato deve informar o seu nome, a data de nascimento, o nome da mãe e o endereço completo.

Para se inscrever no Projovem, é preciso ter entre 18 e 24 anos, ter concluído a quarta série do ensino fundamental e não ter concluído a oitava série. Além disso, estar desempregado ou não ter carteira de trabalho assinada. O programa dura um ano, no qual o jovem conclui o ensino fundamental, recebe qualificação profissional e realiza alguma atividade de interesse da comunidade. Ele recebe ainda uma bolsa mensal de R$ 100.

Segundo Cury, a previsão para 2005 é que 200 mil jovens das 27 capitais possam participar do programa. "Já temos 7.500 jovens em seis capitais e agora mais 182 mil que se inscreveram".