Lílian de Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou quatro siderúrgicas do Pará e quatro do Maranhão em mais de R$ 500 milhões. As empresas, além de não reflorestar áreas devastadas, usavam carvão vegetal sem autorização no beneficiamento do minério de ferro extraído do Pólo Carajás. As multas variam entre R$ 12 milhões e R$ 153 milhões.
O diretor de Florestas do Ibama, Antônio Hummel, disse que as siderúrgicas usam carvão ilegal e de madeira explorada sem autorização há cinco anos. "Esses dados foram apresentados pelas próprias empresas. Nós os reunimos em um relatório".
O relatório indica que em Marabá (PA), por exemplo, a produção de minério de ferro aumentou em 28,9% nos últimos cinco anos. De acordo com o documento, o crescimento foi motivado "pela proximidade com o Pólo Carajás e pela grande oferta de matéria-prima florestal para a produção de carvão".
Esses fatores, segundo o relatório, motivam as empresas a investir em melhorias no processo com conseqüente aumento da capacidade produtiva de ferro gusa (primeira etapa do beneficiamento do ferro). Além disso, o texto acrescenta que a ferrovia Carajás oferece facilidades de escoamento da produção para o mercado externo, o que reduz os custos de
transporte.
Com informações da assessoria de imprensa do Ibama.