Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O vice-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), João Sayad, avalia que o programa Bolsa Família é uma ação eficiente para combater de forma emergencial a pobreza. "Temos que dividir a questão em duas, tem a desigualdade e a pobreza. A pobreza se tornou um problema emergencial. Programas como o Bolsa Família e o Fome Zero atacam diretamente esse problema", afirma.
Para ele, a meta de atender 11,2 milhões de famílias até o final de 2006 é "ambiciosa". "Se cada família tem umas cinco pessoas, são 55 milhões de pessoas. Chegamos ao que se chama de pobreza no Brasil, o que não quer dizer que ela deixe de ser pobre, mas tem um auxílio".
Sayad diz ainda que o programa não pode ser considerado eleitoreiro. "Não é verdade por que está sendo estabelecido de forma universal, os cadastros, os cartões eletrônicos garantem que o beneficiário tenha direito desde que tenha as condições objetivas". Ele acredita que o programa tem continuidade garantida porque está estabelecido em bases sólidas. "É um programa baseado em leis, em normas, em cadastros e, portanto, tem todas as condições de permanecer em qualquer que seja a administração".
João Sayad participou nesta manhã da abertura seminário internacional Bolsa Família: Dois Anos Superando a Fome e Pobreza no Brasil. O seminário tem como objetivo avaliar as ações do Bolsa Família, desde sua criação, no início do governo, e discutir os desafios dos próximos meses. Participaram também o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e diversos ministros. O evento acontece hoje (20) e amanhã (21), no Palácio do Itamaraty.