Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio – O presidente da Agência Nacional do Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima, propôs ao Ministério de Minas e Energia que as rodadas de licitação de áreas para explorar e produzir petróleo passem a serem realizadas nos próximos quatro meses, e não no próximo ano, como é feito desde a primeira rodada. O ministro não deixou claro se essa próxima rodada envolveria as grandes, pequenas e médias empresas, ou somente as que se interessem pelos campos marginais.
Segundo ele, o pedido foi motivado pelo sucesso nesta Sétima Rodada. "Por isto, pretendemos realizar as licitações a partir de agora de quatro em quatro meses. Conversei agora a tarde com o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, no sentido de que ao invés de se esperar um ano para fazer outra licitação, vamos tentar antecipar o próximo leilão para dentro de quatro a cinco meses".
Ontem, Lima disse que a ANP teria condições de realizar apenas mais um leilão. Segundo ele, no ano passado, "99% dos nossos recursos foram contingenciados pelo Ministério da Fazenda" e, sem esses recursos, a agência não pode fazer estudos geológicos para realizar mais rodadas de licitações de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural.
"Não avançaremos no conhecimento dos estudos das bacias sedimentares, teremos condições de fazer apenas mais uma rodada deste tipo. Acabou. A menos que se faça rodadas com o conhecimento apenas da superfície", disse ele, após o segundo dia de leilões.
A ANP comemora a quebra de praticamente todos os recordes em relação às outras seis rodadas anteriores. Faltando apenas duas das 17 áreas inativas para o fim da rodada (os chamados campos maduros, ou seja já explorados), a Agência conseguiu arrecadar em bônus de assinatura – a serem pagos pelas empresas quando da assinatura dos contratos de concessão - cerca de R$ 1,15 bilhão – praticamente o dobro do obtido na sexta rodada. Das 16 acumulações marginais ofertadas até agora, nesta segunda fase, a ANP concedeu para as empresas 15 blocos. Apenas o bloco Curral de Fora, localizado na bacia do Tucano Azul, na Bahia, não obteve oferta.