Instituto sugere ao governo mais ações de combate ao desmatamento e valorização do Ibama

14/10/2005 - 18h58

Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Mais investimento nas ações de combate ao desmatamento, no aparelhamento do órgão de fiscalização e também na prevenção às queimadas são algumas das sugestões do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), endereçadas ao governo, em seu recente relatório de análise das políticas públicas na área socioambiental.

Publicado ontem (13), o documento vem na publicação trimestral do instituto Orçamento & Política Socioambiental.

O autor do relatório, Ricardo Verdum, assessor de Políticas Indígena e Socioambiental, defendeu um melhor aparelhamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e mais valorização do corpo técnico do órgão responsável pela fiscalização e gestão ambiental.

Ele lembrou que o Brasil já foi apontado na última conferência do fórum de organizações não-governamentais como o terceiro maior poluidor do planeta, em função das queimadas.

"No primeiro semestre do ano, deveria haver mais liberação de recursos para o Ibama desenvolver ações de prevenção às queimadas, que ocorrem no período da seca, de junho a setembro", observou.

Embora, no relatório, se reconheça que houve queda na taxa de desmatamento da Amazônia, de agosto de 2004 a julho de 2005, o Inesc considera "tímidas as ações do governo" para conter o desmatamento na região e a abertura de novas frentes agrícolas. Verdum critica especialmente acordo do governo federal com o Mato Grosso do Sul de repassar ao estado a responsabilidade de gerenciar a atividade florestal.

"Seria como entregar o galinheiro ao lobo", comentou o ambientalista, registrando o fato de o Mato Grosso do Sul ser um estado voltado para a produção de grãos.