Benedito Mendonça
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A maioria dos bancários decidiu voltar hoje ao trabalho, depois de uma semana de paralisação em todo o país. Em Brasília e nos estados do Rio de Janeiro, Maranhão e Piauí, a greve acabou apenas no setor privado, mas os funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal continuam paralisados à espera de nova proposta. Na capital, entre 13 e 14 mil bancários estão de braços cruzados.
De acordo com o assessor do Sindicato dos Bancários de Brasília, Cézar Costa, está marcada uma assembléia para o final da tarde de hoje (13), em Brasília e no Rio, quando a categoria vai decidir se continua ou suspende a greve. Segundo Costa, a diretoria do Sindicato dos Bancários de Brasília e o Conselho Sindical vão se reunir pouco antes da assembléia geral para definir um indicativo ao movimento grevista. Ele informou que o quadro geral no Maranhão e no Piauí só será fechado no final do dia, mas a informação é de que a categoria rejeitou todas as propostas
De acordo com a Confederação Nacional dos Bancários (CNB), os estados que decidiram pôr fim à paralisação aceitaram a proposta apresentada pela Federação Nacional de Bancos (Fenaban) de 6% de reajuste, abono de R$ 1,7 mil e participação dos lucros correspondente a 80% do salário, acrescida de R$ 800 fixos. Na pauta inicial, a categoria reivindicava reajuste de 11,77%.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Bancos (CNB), Vagner Freitas, a greve foi vitoriosa, uma vez que a categoria conseguiu metade do índice de reajuste salarial que reivindicava, 20% do valor do abono e 13% do valor fixo da participação nos lucros e resultados. Sobre os estados que ainda permanecem em greve, Freitas acredita que o movimento deve se encerrar ainda hoje com a retomada imediata do trabalho.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, José Alexandre Costa, será difícil manter a paralisação no BB e na Caixa por muito mais tempo, já que os funcionários dos dois bancos voltaram ao trabalho em quase todos os estados e capitais. "Fazer greve isoladamente é complicado, mas vamos avaliar com toda a categoria na assembléia de hoje. Nós estamos considerando que não há mais o que negociar com o banco", argumentou.
